No meu livro, começo contando de um sonho, ou não, que tive de eu mesmo no meu velório.
Quando acordei, a pergunta que me fiz foi ‘será que quando esse dia chegar, e o filminho da vida rodar, vai ter valido a pena?’
Por alguns instantes, acreditei que sim, teria valido a pena. Por outros, percebi como postergava tanta coisa que dizia respeito à minha felicidade. E resolvi encarar a vida com outro olhar:
Sabendo que vou morrer.
Talvez isso não aconteça hoje, nem amanhã, nem daqui dez anos. Mas é nossa única certeza – partiremos dessa vida.
E o que deixamos? O que construímos? Como passamos por essa existência? Estagnados, sem perceber o milagre que é estar vivo? Fazendo coisas que nos fazem mal? Se suicidando lentamente?
Você vai morrer.
E espero que com essa certeza, você olhe para o seu dia não com pesar, mas com mais leveza.
Não levando as coisas tão a sério, perdoando quem te disse algo, entendendo que as fases vão e vem. E passa. Tudo passa.
Tanto as boas quanto as ruins, elas passam.
Não desperdice seu tempo sofrendo. Ele é precioso demais.
Lembro que no documentário da Amy Winehouse, o Tony Bennett disse, logo depois que ela partiu, sem aguentar o peso da vida:
“Se eu pudesse ter dito algo à ela sobre essa aflição, eu diria que, com o tempo, você aprende a viver a vida. Só com o tempo”.
Se nesse momento sua vida está uma confusão, relaxe. Deixe fluir essa confusão. Entre nela e que ela te sirva de aprendizado.
Um dia você ainda vai rir disso.
E que no leito de morte, você se orgulhe de todos os seus passos. sem arrependimentos.